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08 dezembro, 2009

Prima Ballerina - Edgar Degas

Título: Prima Ballerina;
Técnica: pastel;
Ano: c.1876
Dimensões reais: 58 x 42 cm;
Local onde se encontra exposto: Musée d'Orsay, Paris

Edgar Degas mostra que os retratos, mesmo sendo formas aprentemente simpes de pintura, podem ser grandes fotografias e, mesmo fora do universo do retrato, as cenas quotidianas que pintou, não deram à luz uma pintura banal. A obra Prima Ballerina de Degas é o exemplo e uma boa fotografia: representa uma cena quotidiana (um espetáculo de ballet) em que é retratada uma dançarina, que o artista pintou num enquadramento de grande plano geral, visivelmente influenciado pela descoberta da máquina fotográfica.

Toda a obra apresenta uma tonalidade de castanhos e azuis, em tons levemente sóbrios, enquanto é conferida à figura central da imagem grande destaque pela maior definição das suas formas (desmaterializadas e cheias de brilhos e transparências) e maior contraste das suas cores (puras, directamente aplicadas na tela) em relação ao fundo, uma vez que a bailarina aparece mais "cintilante", exaltando uma soberba claridade, a qual não recai sobre o resto da composição. É essa iluminação que atrai o olhar do observador para esse primeiro plano, criando um percurso e leitura que sai da bailarina e se dirige para o fundo, passando pelo cenário, como um todo. É notório o uso frequente de linhas diagonais na composição, grande característica de Degas - confere à pintura um dinamismo que, aliado ao sentido do traçado, rápido, solto e expontâneo, dá a clara sensação de movimento luminoso da personagem, característica tão típica do Impressionismo. A bailarina de cara doce e delicada, que rodopia leve, nas suas formas suaves e subtis, faz lembrar um anjo que foi magicamente transportado para a tela e que lá permanece num eterno instante luminoso, emanando o seu brilho sublime que ofusca o olhar de qualquer um.

Edgar Degas desperta no observador atento dos seus quadros uma forte paixão, principalmente devido ao facto do artista conjugar num todo duas grandes formas de arte: a pintura e a fotografia, cumplices evidentes do Impressionismo. Os cortes arrojados das suas composições e os ângulos invulgares da sua perspectiva são tão inovadores, que nos fazem por vezes, excluir muitos outros grandes artistas da mesma época. Contudo, e apesar dos seus trabalhos deixarem transparecer a objectividade da câmara fotográfica, Edgar Degas não esqueceu o clima de fantasia que alguns dos seus quadros proporcionam, como é exemplo a Prima Ballerina, considerada uma obra fundamental à compreensão essencial do artista.

5 comentários:

  1. Anónimo16:10

    Ora aí está uma boa análise da obra.

    «A obra "Prima Ballerina" de Degas é um exemplo do que é uma boa "fotografia"(...)»

    Gostei da ligação que fizeste entre pintura e fotografia. Sim, porque esta obra é uma pintura, mas com uma perspectiva unica, que só foi conseguida através da invenção da máquina fotográfica.

    Parabéns, continua!

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  2. Anónimo19:51

    Vou usar exa informação nu meu trabalho sobre o imprexionismo.
    Xpero k n timportx. =P

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  3. Óbvio que não me importo.
    Beijos e obrigado por comentarem!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Anónimo18:47

    adorei a tua analise ....
    parabens, continua assim
    e vou utilisar esta informação para um trabalho do impressionismo espero que nao te importes
    bjx

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